sábado, setembro 25, 2004

cortesia: blog dos marretas (homless Mira)

Um homem nao e de ferro porra...



Ora aqui esta uma posicao que deveria ser defendida por todas as mulheres...

sim...aceito...

OTARIOS....eh, eh, eh,eh...

Estudo publicado na revista "Nature"

Investigadora portuguesa apresenta novo laser de raios-X

Uma investigadora portuguesa integrada numa equipa internacional conseguiu emitir pela primeira vez um laser de raios-X, uma tecnologia que poderá ser utilizada para obter imagens dinâmicas do processo de evolução das células. O trabalho de Marta Fajardo é descrito na edição de hoje da revista científica "Nature".A investigadora, do Instituto Superior Técnico (IST), disse que o "salto de uma geração" que este laser de raios-X representa explica-se por ser "uma fonte de luz perfeita, muito intensa e com uma duração muito curta". Daí que possa ter aplicações diversas, tanto ao nível da biologia como da indústria dos componentes e estruturas dos computadores da próxima geração."O limite de resolução da informação gravada num chip é o comprimento da onda de luz", exemplificou, explicando que quanto mais pequeno for o comprimento da onda de luz emitido "maior é a resolução e menor é o chip".Ao nível da biologia, o novo laser de raios-X poderá permitir obter "imagens dinâmicas de células que estão a evoluir". Como a duração da fonte de luz é tão pequena, os investigadores poderão usar este laser para acompanhar o processo de evolução das células, "antes, durante e depois", tirando "holografias da sua superfície", continuou.Além destas aplicações, a nova fonte de radiação tem ainda as vantagens de ser compacta, "cabe em cima de uma mesa", e é "mais barata" quando comparada com lasers de raios-X que estão a ser construídos em Hamburgo e Stanford, disse.Dessa forma, poderá ser instalada na maior parte dos laboratórios do mundo, incluindo no Laboratório de Lasers Intensos do Centro de Física dos Plasmas do IST.O trabalho agora publicado na "Nature" resultou da colaboração entre o Laboratoire d'Optique Appliquée e o Laboratoire d'Utilisation des Lasers Intenses, da Ecole Polytechnique, o Centre d'Etudes Atomiques, a Universidade de Orsay em França e o Centro de Física dos Plasmas do IST.Marta Farjardo, 30 anos, licenciou-se em Engenharia Física no IST em 1997 e doutorou-se em Física em 2001, em co-tutela entre a Universidade Técnica de Lisboa e a Ecole Plytechnique, em França. Dois anos mais tarde passou a investigadora em pós-doutoramento do Centro de Física dos Plasmas do IST e professora do departamento de Física do IST da Universidade de Aveiro.

Uma aguia a comer um lagarto... curiosa visao...

sábado, setembro 18, 2004

Instaurou um inquerito com uma comissao independente, apurou responsabilidades, divulgou os resultados... tem os dias contados... CARO AMIGO, ESTAMOS EM PORTUGAL... ISSO NAO SE FAZ.



O guitarrista da banda norte-americana de música punk, The Ramones, Johnny Ramone, morreu vítima de um cancro da próstata que combatia há 5 anos. Johnny, cujo verdadeiro nome era John Cummings, é o terceiro elemento da mítica banda a morrer. Tinha 55 anos e o anúncio da morte foi feito ontem no site oficial do grupo.

"Johnny morreu na quarta-feira na sua casa em Los Angeles", informou o site www.ramonesworld.com. "Estamos imensamente tristes com esta perda terrível". A mesma mensagem sublinha a contribuição do guitarrista para o sucesso da banda fundada em 1974 com o cantor Joey Ramone, o baixista Dee Dee Ramone e o bateristaTommy.

Os Ramones, banda pioneira da música punk nos EUA, dissolveram-se depois de produzirem o álbum intitulado "Adios Amigos". Os seus maiores êxitos, apesar de não terem sido esmagadores, influenciaram diversas gerações de "rockers". Jonhny Ramone era considerado o líder dos Ramones, o seu centro de gravidade, e o homem que dava equilíbrio e estabilidade ao grupo, factores necessários para manter o grupo junto e em plena forma.

Os Ramones formaram-se em Nova Iorque, em 1974, e são considerados um dos fundadores do movimento punk. O grupo quis separar-se em 1995, mas acabou por durar até ao final da digressão Lolapalooza, em 1996. Com a morte de Johnny Ramone, resta agora um único membro fundador sobrevivente: o baterista Tommy Ramone (Tom Erdelyi), que abandonou o grupo em 1977.



Alberto João Jardim exige documentos sobre a Madeira arquivados na Torre do Tombo...

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, exigiu ontem a devolução dos documentos históricos sobre o arquipélago arquivados na Torre do Tombo, em Lisboa, ao Arquivo Regional da Madeira.Alberto João Jardim inaugurou ontem a Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Madeira, 13.768 metros quadrados ao longo de um edifício de 11 andares, sete dos quais dedicados ao depósito de documentação."É chegada a hora de a documentação recolhida na Torre do Tombo volver à Região Autónoma, a esta casa do povo madeirense, seu legítimo proprietário", disse Alberto João Jardim. Alberto João Jardim lembrou que a autonomia da Região Autónoma da Madeira "visa a promoção e defesa dos valores e interesses do seu povo".Entre a documentação reivindicada pelo Governo Regional e que se encontra na Torre do Tombo desde 1886, contam-se o Arquivo da Provedoria e Junta da Real Fazenda, o Arquivo da Alfândega do Funchal, o Arquivo do Cabido da Sé do Funchal e o Arquivo do Convento de Nossa Senhora da Encarnação.A Torre do Tombo, em Lisboa, alberga ainda o Arquivo do Convento de Santa Clara, que engloba o cartório do primeiro capitão do Funchal, João Gonçalves Zarco, cujo documento mais recuado data de 1447. Este documento constitui o mais antigo diploma produzido na Madeira que chegou aos dias de hoje.



terça-feira, setembro 14, 2004



PORTUGAL SANGRA...

A FURIA DEMOCRATICA EM TODO O SEU ESPLENDOR... SERA QUE NINGUEM TEM MAO NISTO ?

segunda-feira, setembro 13, 2004



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Nao sou propriamente um admirador, mas reconheco que a rapariga ate tem jeito para gerir a sua carreira...

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OLHA QUE SURPRESA 2 : Programa Galileu: inércia de empresas portuguesas pode levar a perdas avultadas, alerta especialista...

Portugal contribuiu com cinco milhões de euros para o projecto EGNOS e com 6,5 milhões no Galileu, dois programas de navegação por satélite, mas corre o risco de perder dinheiro por falta de investimentos, alerta um especialista.
Artur Ventura, delegado de Portugal na ESA, Agência Espacial Europeia, explicou que os investimentos de cada país na ESA podem ser recuperados com a adjudicação de empreitadas a empresas nacionais.
Portugal, no entanto, não está a recuperar o investimento por falta de empresas portuguesas que concorram a projectos da ESA, alerta o responsável.
Portugal tem, nesta matéria, "um atraso muito grande", porque já quase todos os países da Europa "se meteram no espaço, um sector que para eles hoje já é rentável".
A falta de interesse das empresas portuguesas pode dever-se, defende, ao facto de os investimentos neste sector só serem rentáveis a médio e longo prazo.
A China, que não pertence à Europa nem faz parte da ESA, fez questão de participar no projecto Galileu, um projecto de navegação global por satélite que vai custar 3,2 a 3,4 mil milhões de euros e que dará emprego numa primeira fase a cem mil pessoas.Dando o exemplo da China para explicar a importância do Galileu, o responsável sugere que as empresas portuguesas se virem para o espaço, e cita o caso das OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, que manifestaram essa intenção mas que até agora "ainda não se viu nada".
Temos de investir na área do 'hardware', temos de dar o salto, a Espanha já fez esse caminho partindo de um ponto semelhante ao nosso, e nós ainda não.
O retorno não é só ir buscar o dinheiro, deve ser uma porta de entrada para a internacionalização. Era importante que sectores metalomecânicos conseguissem dar esse salto, há também sectores como o dos vidros especiais, a cortiça, até o vestuário.

OLHA QUE SURPRESA...

O fiscalista Saldanha Sanches considera que a criação de taxas moderadoras diferenciadas no Serviço Social de Saúde, consoante o rendimento dos utentes, é uma "nova forma de injustiça fiscal" que favorece quem foge aos impostos.
"É uma nova forma de injustiça fiscal", considerou.
Como exemplo, Saldanha Sanches recordou uma proposta do então primeiro-ministro Cavaco Silva que "há cerca de dez anos tentou criar propinas que fossem proporcionais aos rendimentos de cada estudante". "O que assistimos foi a que estudantes que chegavam à faculdade de Mercedes estavam isentos", contou. "Enquanto não se revolver a fraude fiscal o sistema vai ser injusto", resumiu.
De acordo com o novo modelo, os utentes terão diferentes cartões, consoante os rendimentos auferidos.

Importações crescem mais do dobro das exportações...

Nos primeiros seis meses do ano, as importações subiram 8,7 por cento e as exportações avançaram menos de metade, 4,1 por cento, em comparação com o período homólogo transacto, o que fez deteriorar a balança comercial em 19,1 por cento, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No primeiro semestre do ano, Portugal exportou 14.123,3 milhões de euros e importou 21.170,1 milhões de euros, o que traduz um défice comercial de 7046,8 milhões de euros.
A Espanha continuou a ser o principal parceiro comercial de Portugal, tanto na compra, como na venda de produtos e serviços, absorvendo 30,5 por cento do total vendido para a UE e vendendo a Portugal 37,5 por cento das importações oriundas da UE.

quinta-feira, setembro 09, 2004

BILLIE HOLIDAY...por estranho que pareça faz-me bem ouvir esta voz... de preferência todos os dias, não por ser uma pessoa tristonha, muito pelo contrário, mas simplesmente porque me sinto pasmado com a beleza dessa voz. ACONSELHO-OS VIVAMENTE A EXPERIMENTAR E VÃO VER QUE NÃO SE ARREPENDEM...

TENTEM IMAGINAR A CARA DE PAULO PORTAS ENQUADRADA POR UMAS ORELHAS COMO AS DA IMAGEM, DE SEGUIDA IMAGINEM-NO NA FIGUEIRA DA FOZ ATRÁS DE UM ARBUSTO A ESPIAR O BORNDIEP... DIGAM LÁ SE NÃO É PARECIDO?

JÁ AGORA SE VIRAM ESTE É FAVOR CONTACTAR A POLÍCIA.

NÃO... NÃO É UM EXTRATERRESTRE.... E SE O VIU CONSIDERE-SE TAMBÉM RICO.

VOCÊ VIU ESTE INDIVÍDUO? (SE SIM, CONSIDERE-SE RICO)

Não compreendo como se pode apor uma música a puxar para o sentimento sob imagens de sofrimento extremo. Assistiu-se a uma "video clipização" da tragédia de Beslan, provavelmente para satisfazer os desejos lunáticos de um qualquer realizador com aspirações... na TVI não me surpreende, mas na SIC ?!! Um nojo. Hoje em dia acho muito difícil ver telejornais....considero-os um insulto à inteligência de qualquer ser humano. Como português peço desculpa às vítimas e aos sobreviventes da catástrofe que se viveu na escola de Belsan, cuja imagem foi abusivamente usada nestes clips jornalísticos...

quarta-feira, setembro 08, 2004

Secreta russa oferece recompensa de 300 milhões...

Os serviços de segurança russos oferecem 300 milhões de rublos (8,4 milhões de euros) por qualquer informação que permita "neutralizar" o terrorista tchetcheno Chamil Bassaiev e o líder independentista Aslan Maskhadov.
A partir de agora Putin terá toda a legitimidade para cilindrar qq forma de contestação ao seu governo, sem que tenha qq oposição interna... sendo que as imagens dos terroristas, que estavam na posse da polícia, deram um jeitão... Eu por mim vou concorrer, até porque acho que acho que aquelas centenas de corpos não podem ficar por vingar. Mesmo numa luta pela independência há limites...

sábado, setembro 04, 2004

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QUE GRANDE CONFUSÃO...

Quando os hebreus chegaram à região da Palestina, por volta do ano 2.000 a.C., ali já viviam os filisteus, ancestrais dos árabes. Com a decadência dos reinos de Judá e Israel, as populações locais foram dominadas sucessivamente por assírios, caldeus, persas, gregos e romanos. No início da era cristã, os judeus foram derrotados pelos romanos, iniciando-se a Diáspora Judaica. No século VII, com o surgimento do Islão, as populações locais foram islamizadas e quando os turcos otomanos chegaram, toda a região da Palestina já se encontrava sob o domínio dos muçulmanos que controlavam inclusive os lugares sagrados, Meca e Medina em Hijaz (Península Arábica), e Jerusalém e Hebron, na Palestina. Com o fim do Império Otomano, no final da I Guerra Mundial, a Inglaterra obteve da Liga das Nações um mandato para administrar a Palestina e o Iraque. Apesar de espalhados pelo mundo, os judeus jamais perderam a esperança de voltar à Terra Prometida. Esta possibilidade começou a materializar-se com o surgimento do sionismo, um movimento criado por Theodor Hezl, no final do século XIX e que pregava o retorno ao Sião, nome bíblico de Canaã, a Terra Prometida. Em 1917, Lord Balfour, o secretário inglês para Assuntos Estrangeiros, fez publicar a Declaração Balfour, em que apoiava a imigração de judeus para a Palestina e o estabelecimento de um "lar nacional para o povo judeu" na região, afirmando que "nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas existentes" - numa referência aos árabes, que, então, representavam 92% da população. A "Declaração Balfour" foi interpretada pelos líderes sionistas como um apoio à criação de um estado judeu soberano e tornou-se a base do apoio internacional para a formação do moderno estado de Israel. Nas décadas que se seguiram, dezenas de milhares de judeus fixaram-se na Palestina, na sua maioria oriundos da Europa, movidos pelo ideal do sionismo. O estímulo sionista à imigração judaica, as vacilações britânicas para contê-las e a perseguição nazi fizeram aumentar o número de judeus na Palestina, criando áreas de tensão com a população árabe local. Em 1922, os judeus representavam 11% da população, e em 1949 eram mais de 30%. Cerca de 20% da terra cultivada pertenciam a um Fundo Nacional Judaico, em nome do povo judeu. A eclosão da II Guerra Mundial manteve o problema em suspenso, e a imigração de judeus para a Palestina foi praticamente interrompida. No final da guerra, foi criada a Liga Árabe que, entre os seus objectivos, tinha a defesa da causa palestina. Os judeus europeus, traumatizados com os massacres nazis, sentiam a necessidade de criar um estado. A Inglaterra tinha consciência de que a criação desse estado na Palestina encontraria forte objecção por parte dos árabes. Os Estados Unidos, que emergiam da guerra como uma nova potência e sob a pressão do sionismo, usaram a sua influência em favor da causa sionista, que se resumia na criação de um estado judeu e na imigração de um contingente maior de judeus. Em 1947, a Inglaterra decidiu submeter a questão às Nações Unidas, que aprovou a partilha da Palestina entre árabes e judeus. Com a aprovação do plano pela Assembleia Geral da ONU, em 14 de maio de 1948, a Inglaterra retirou-se da Palestina e os judeus proclamaram o Estado de Israel, que foi imediatamente reconhecido pelos EUA e Rússia. Os árabes da Palestina e dos vizinhos, Egipto, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano, inconformados com a decisão, declararam guerra ao recém criado Estado de Israel.

Com a vitória de Israel em 1949, novas fronteiras foram estabelecidas. Cerca de 75% da Palestina foi incluída dentro das fronteiras de Israel; uma faixa de terra ao sul, que ia de Gaza até a fronteira com o Egipto ficou sob controle do Egipto; o restante do território foi anexado pelo reino hashemita da Jordânia. Jerusalém foi dividida entre Israel e Jordânia. O estado árabe-palestino deixou de existir. Quase 2/3 da população árabe deixou suas casas e tornou-se refugiada. Centenas de milhares de palestinos emigraram para os estados árabes, nos quais passaram a viver em acampamentos precários e os que permaneceram, ficaram na condição de refugiados em sua própria pátria. Jerusalém, dividida entre cristãos, judeus, e muçulmanos, tornou-se pólo de conflitos que se estendem até os dias actuais. Os conflitos tornaram-se endémicos e a guerra eclodiu mais de uma vez, em 1956, 1967 e 1973, sendo a mais importante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel incorporou a península do Sinai e a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e o território sírio das Colinas do Golã e intensificou sua política de construção de assentamentos para colonos judeus imigrantes. Quanto aos cidadãos árabes de Israel, embora usufruíssem de direitos políticos, eram considerados cidadãos de segunda classe, não pertencendo à comunidade que se estava formando.

Por esta época, uma nova geração de palestinos crescia no exílio, principalmente no Cairo e em Beirute. Aos poucos, surgiram vários movimentos políticos, sendo o mais importante o Fatah, uma organização guerrilheira criada por Yasser Arafat, que se pretendia completamente independente dos regimes árabes, cujos interesses não fossem os mesmos dos palestinos e que pregava um confronto militar com Israel. Em 1964, com o apoio dos países árabes, foi fundada em Jerusalém a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), sob controle do Egipto, constituída a partir do Fatah e que passou a ser presidida por Yasser Arafat. A OLP era composta basicamente de membros dos exércitos do Egipto, Síria, Jordânia e Iraque. O Fatah começou a agir dentro de Israel. A população israelita continuava a crescer por força da imigração. Em 1967, do total de 2.3 milhões de habitantes, os árabes representavam 13%. A economia crescera em razão da ajuda americana e por causa da contribuição financeira de judeus do mundo inteiro e também por causa das reparações de guerra da Alemanha. Israel sabia que era mais forte militar e politicamente do que seus vizinhos árabes.

A guerra de 1967 foi o ponto decisivo. A conquista de Jerusalém e o fato de que os lugares sagrados para muçulmanos e cristãos estavam agora sob controle israelita trouxe uma outra dimensão para a crise. A guerra mudou o equilíbrio de forças no Médio Oriente. Estava claro que Israel era mais forte militarmente do que qualquer aliança entre estados árabes e isso mudou a relação de cada um deles com o mundo exterior. Para os árabes foi uma derrota e para os palestinos representou uma nova leva de refugiados. Nos anos seguintes o mundo ignoraria a situação dos palestinos até que, em 1974, Yasser Arafat foi, pela primeira vez a ONU, formalizando, assim, a representação política do povo palestino.

A Intifada foi a primeira manifestação dentro dos territórios ocupados a abalar de forma duradoura a rotina da ocupação israelita, iniciada em 1967. A visita de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas detonou uma nova crise que já está sendo chamada de segunda intifada e que já se anunciava de há muito tempo e cujas consequências agora são imprevisíveis.
Quem quer que visite a Faixa de Gaza, pode perceber as razões para o descontentamento dos palestinos. Com uma população de mais de 1 milhão de habitantes, a Faixa de Gaza, chamada de "Soweto de Israel" (referência ao gueto da África do Sul), não é um estado e não foi anexada a Israel. (uma faixa de terra situada entre o deserto de Negev e o mar Mediterrâneo, que mede 46 km de de comprimento e 10 km de largura, aproximadamente.)

Algumas das piores condições de vida estão no Acampamento de Dehaishem. Segundo o New York Times, "Quase 10.000 refugiados palestinos, quase todos muçulmanos, vivem em menos de 1 milha quadrada de terra, amontoados em barracos que formam becos salpicados de sucata de carros velhos, velhas bobinas de fio e lixo. Eles são refugiados há 52 anos, e muitos deles ainda guardam as chaves de suas casas que foram forçados a abandonar, na luta que se seguiu á criação de Israel."

Apesar de todos os encontros que se realizam desde 1991, continuam sem solução questões como o status de Jerusalém, reivindicada como capital tanto por judeus como por palestinos, e a questão da diáspora palestina. A grande maioria dos 5 milhões de palestinos vive dispersa pelos países árabes em terríveis condições de vida ou em territórios ocupados por Israel na condição de refugiados em sua própria pátria. E subsiste o ódio, alimentado por décadas de violência, que se expressa em actos terroristas de ambos os lados, como no caso do assassinato do líder israelense Yitzhak Rabin, praticado por um judeu de extrema direita, indignado com a perspectiva de um acordo que pudesse vir a reconhecer direitos mínimos aos palestinos.

Por outro lado, a responsabilidade pela tragédia do povo palestino não pode ser creditada única e exclusivamente ao sionismo. Na verdade, os países árabes jamais chegaram a um acordo quanto à forma de actuação em relação a Israel, desde a aprovação do plano de partilha da Palestina. A última reunião de cúpula da Liga Árabe, realizada em Sharm-al-shair, revelou as enormes contradições internas na busca de uma solução unificada para a Palestina.

O poder das famílias tradicionais dos países árabes também já não consegue mais conter a revolta que vem das populações que anseiam por liberdade e independência e exigem uma retoma do compromisso de defesa da causa palestina, compromisso esse assumido por ocasião da criação da Liga Árabe. O que se espera é que a solução que venha a ser encontrada não exclua o povo palestino, que já perdeu tudo o que podia e o que tinha a perder.


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Acho esta imagem tao excitante, quanto perturbante...

Ha que continuar a apoiar os jornalistas da sociedade, para que eles continuem o seu bom trabalho (imagem retirada do blog JB 15 ANOS)

sexta-feira, setembro 03, 2004

PORQUE ? (imagem de refens na russia)

É IN SER-SE ANTI-BUSH.

Depois do ataque terrorista de 11 de Setembro o que teria acontecido se o presidente dos EUA apoiado pelos seus conselheiros decidisse não partir para a guerra?
Teríamos, muito provavelmente, Michael Moore a fazer documentários sobre a cobardia de Bush e a apatia da grande nação que são os EUA ( e então os americanos, como são), com entrevistas dramáticas a familiares das vítimas do atentado, dos bombeiros e polícias mortos, nesse mesmo atentado. Além de reacções histéricas de pessoas que clamavam por justiça.
Teríamos, provavelmente, um maior crescimento de um país que não teria que suportar os custos de uma guerra, e por arrasto do resto do mundo civilizado.
Meras suposições.
Quando cumpri o serviço militar disseram-me que, em relação a alguém que está numa posição de comando, mais vale tomar uma má decisão do que não tomar decisão nenhuma.
Bush decidiu.
Como em todas as guerras a questão económica paira como um nevoeiro, envolvendo tudo. A posterior invasão do Iraque confirma-o. A posição da França e da Alemanha também.
O petróleo prova-o.
O principal visado nesta guerra contra o terrorismo, Osama Bin Laden, passou para segundo plano. Saddam teve azar. Se não fosse o 11 de Setembro, provavelmente continuaria a governar despoticamente o Iraque sem que ninguém se preocupasse com as criancinhas que ele confinava à pobreza extrema e à fome. E já agora, ao gás e à fúria assassina dos seus filhos.
Bin Laden foi deixado de lado para outra ocasião, quem sabe se não será encontrado antes das eleições de novembro.
Cavaco Silva disse que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Que eu saiba, Bush nunca o disse, e pelos vistos engana-se muito, e sabe conviver com isso, porque errar é humano, quer se queira quer não.
Não tenho uma procuração para defender o homem, mas todas estas reacções histéricas espantam-me. Especialmente em Portugal, onde um 1º Ministro nos abandona, deixando no seu lugar um indivíduo chamado Santana Lopes, e onde estamos todos mais preocupados com o facto do Figo ter deixado a selecção só por um bocadinho. Andamos todos alegres e contentes.
O que acontecerá se Kerry for eleito e não retirar imediatamente os soldados dos cenários de guerra, como de certeza que não irá fazer? Kerry, que baseou a sua campanha nos seus feitos e nas suas medalhas ganhas na guerra do Vietnam.
Estes americanos são doidos, e o resto do mundo não está melhor.
Ainda não ouvi ninguém manifestar-se contra Putin, que mantém uma guerra fratricida e assassina, numa região miserável cuja única coisa que quer é a possibilidade de ser livre, mas que tem um pequeno problema chamado petróleo.
Não dá primeiras páginas de jornais. Não é in ser-se anti-Putin, é in ser-se anti-Bush.

ESPIONAGEM...

« Se forem ao site do Women on Waves (www.womenonwaves.org) vão ver uma completa discrição da nossa corveta, o armamento que possui, e não só, vão também ficar a saber quantas é que o país tem, respectivos nomes e matrículas.... ora, isto não é admissível, é um acto de espionagem bárbaro que tem de ser punido... este Borndiep vai ao fundo antes de aquelas espias disfarçadas de enfermeiras consigam dizer Paulo Sacadura Cabral Portas em Holandês... »


A matrícula da corveta que PP mandou para impedir a entrada do navio Borndiep em águas territoriais portuguesas, F 486, tem precisamente o mesmo número que identifica a pílula abortiva, RU 486, que é ministrada a bordo do navio holandês. Será que foi engano ou PP, de uma forma extremamente inteligente e subliminar decidiu fazer um statement sobre a sua verdadeira posição sobre o aborto em Portugal... O QUE É QUE VOCÊS ACHAM?... EH, EH, EH...

NÃO SE METAM COMNOSCO PORQUE SOMOS MESMO MUITO FEROZES... «PAULO PORTAS, MINISTRO DA DEFESA E ASSUNTOS DO MAR»


VEJAM LA SE ADIVINHAM...

Nao resisto a compartilhar um belo exemplo de verdadeira beleza... portuguesa.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Lembram.se de Duarte e companhia? do melhorzinho que se fez depois disso... Obrigado Vasconcelos... afinal tambem somos capazes...

A seleccao nacional de futebol perdeu o europeu contra a ...GRECIA... e foram contemplados com uma condecoracao dada pelo Presidente da Republica Portuguesa... Quantos daqueles que combateram nas guerras de Africa mereceriam uma condecoracao deste pais ?...

Sem duvida que este filme esta muito bem feito, especialmente no que diz respeito aos dialogos e a forma como eles sao executados pelos actores, de forma natural, nada de falas forcadas como em alguns filmes e algumas novelas miseraveis...

outra lapela... Ah grande Unas...

Ah, os imortais, os imortais... reparem na lapela...

OS IMORTAIS...

A certa altura de Os Imortais, o novo filme de António-Pedro Vasconcelos, há uma personagem que fala de «compaixão». Uma palavra que o realizador aproveita para dizer que Os Imortais é um filme «paulista». Como São Paulo, o santo, não a cidade brasileira.

O filme - baseado no livro Os Lobos não Usam Coleira, de Carlos Vale Ferraz -, passado em 1985, é sobre um grupo de ex-comandos que fizeram a guerra em África, que decidem, numa das suas reuniões anuais, assaltar um banco no Algarve, e são depois investigados por um inspector da PJ amante de fado e à beira da reforma. E por tudo isto, não parece prestar-se propriamente a interpretações religiosas. Mas Vasconcelos esclarece.

«Eu fui educado catolicamente. Depois descobri que não tinha fé e afastei-me da religião. Mas houve coisas que ficaram, sobretudo a figura de São Paulo. Tenho uma grande paixão por ele, até escrevi o prefácio a um livro do Teixeira de Pascoaes sobre São Paulo. Os Imortais é um filme 'paulista' sobre o amor, o amor no sentido de compaixão, isto é, de perceber o outro, de estar do lado dele. É nesse sentido que a personagem do Joaquim de Almeida, o Roberto Alua, percebe no fim que se calhar a compaixão é o mais importante de tudo. Este filme é muito pessoal e como toca em muitas personagens, idades e situações - o amor, por exemplo, é visto de várias maneiras - é talvez o meu filme mais completo, onde eu consegui dizer o que penso sobre o mundo, as pessoas - e também só o podia dizer agora, com a idade que tenho. O meu olhar é o da personagem do Nicolau Breyner, o inspector Malarranha, o pivô do filme, o polícia que sabe que há uma justiça imanente que acaba por fazer que as pessoas paguem pelo que fizeram. Podem não ser presas, mas pagam de uma maneira qualquer.»

Malarranha, Alua. O cinema português parece insistir em ter as personagens com os nomes mais inverosímeis de todos. António-Pedro Vasconcelos volta a esclarecer. «Os nomes das personagens já estão no livro, são muito curiosos. Um bocado como os das personagens da Agustina, que também são sempre estranhos. E a gente habitua-se aos nomes e já não os consegue mudar. Só mudei o da personagem feminina, interpretada pela Emmanuelle Seigner. Ela era Margarida e eu queria uma estrangeira, uma francesa Por isso, chamei-lhe Madeleine, pensando na Madeleine do Vertigo. Mas se forem ver, os nomes das personagens estão na lista telefónica.»
Assim, Roberto Alua (Joaquim de Almeida), Horácio Lobo (Rogério Samora), Vítor Pratas (Rui Unas) e Abel Cavaco (Filipe Duarte) são os imortais do título. E o que são os imortais? «Todos os grupos de comandos que combateram em África arranjavam nomes, como as repúblicas de estudantes. São heróis desempregados, foram formados para isso e deram-lhes uma causa. De repente, tiraram-lhes o tapete de debaixo dos pés. O Vale Ferraz queria chamar Os Imortais ao livro antes de se decidir pelo título que ficou», diz o realizador.

E do livro, Vasconcelos aproveitou «o enredo fundamental, as personagens e os nomes, como já disse. Isso, e a situação-chave, os tipos que voltam da guerra e tentam manter os níveis de adrenalina, reencontrar as motivações para que foram formados. Eles resistem à dispersão, à paz, à pasmaceira, como lhe chama o Malarranha. Perguntei ao Vale Ferraz se podia tomar liberdades com o enredo e ele foi fantástico, disse-me que fizesse o filme como bem entendesse. Mudei os desenlaces e o olhar sobre as personagens, que no livro eram completamente diferentes, uns falhados, até o Malarranha. Sendo um filme que não existiria sem o livro, é totalmente diferente no olhar.»

Contra a opinião de um dos seus amigos, António-Pedro Vasconcelos acha que Nicolau Breyner «é um grande actor, tão bom como o Al Pacino. E eu só podia responder a esse meu amigo, filmando o Nicolau». E falando em actores, para Vasconcelos, o elenco heterogéneo de Os Imortais, com gente de formações e hábitos diferentes, foi «um risco que valeu a pena. Nós não temos um leque de actores - e de actores de cinema - que nos permita uma escolha mais desafogada. Pelo outro lado, eu não poderia encontrar melhor. O Nicolau é extraordinário mas o Joaquim de Almeida não é menos bom. A Paula Mora faz um casal impecável com o Nicolau. O Unas era um risco porque não é actor, mas com o bigode, o cabelo um bocadinho grisalho, uns óculos, uma patilha diferente e aquele fato, é o Vítor Pratas. O Unas tem um olhar incrível, do malandro, do pintas. Dei-lhe dois ou três tiques e o resto ele foi buscar ao pai, que fez a guerra e era exactamente assim.»

Os Imortais , um projecto com quase 10 anos, foi «feito numa zona de risco», com um orçamento de 600 mil contos (além do ICAM e RTP, o dinheiro veio do Luxemburgo e Inglaterra), nove meses de rodagem e sete de montagem. «O nosso sistema não atrai financiamentos privados, do cabo, de distribuidores ou do vídeo», lamenta o cineasta. «O filme não foi fácil de fazer. Eu, com a idade, tenho mais experiência, mais calma e mais resistência para enfrentar as dificuldades. Por outro lado, tenho menos energia e inocência, já conheço os perigos e sou um bocado maníaco da perfeição. Mas um filme nunca é o que pensámos, o que queremos. Falta sempre alguma coisa.»

António-Pedro Vasconcelos faz uma pausa e acrescenta: «Nunca se faz o filme ideal. O que é gratificante são os actores. Muitas vezes, os actores são melhores do que aquilo que imaginámos.»

VERY BRITISH GIRL...

belo fato...

Apresento as minhas desculpas mas nao resisti.. simplesmente celestial... e apelativo dos nossos instintos mais animalescos...

quarta-feira, setembro 01, 2004

Na eleição do título de DR. EVIL 2003/2004, Bush com ar apreensivo antecipa já a perda do título... Será o confiante e sorridente Blair o sucessor, ou o homem que veio de um mundo à parte, vive num mundo à parte e sempre irá viver num mundo à parte, e que de momento se encontra no planeta Terra para um estágio, que irá arrebatar o título de mais mau entre os mesmo maus...


SE ELE PODE SER MINISTRO... EU TAMBEM POSSO...

A situação na Justiça em Portugal é dramática... Será que alguém, cidadão comum entenda-se, acredita que existe?...


Foi-se o Coelho... Ficou uma gaja boa do tipo intelectualóide de esquerda, mas bem vestida... do mal o menos.


...

A ultima moda na Irlanda do Norte e o capuz branco...

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