sábado, setembro 25, 2004
Estudo publicado na revista "Nature"
Investigadora portuguesa apresenta novo laser de raios-X
Uma investigadora portuguesa integrada numa equipa internacional conseguiu emitir pela primeira vez um laser de raios-X, uma tecnologia que poderá ser utilizada para obter imagens dinâmicas do processo de evolução das células. O trabalho de Marta Fajardo é descrito na edição de hoje da revista científica "Nature".A investigadora, do Instituto Superior Técnico (IST), disse que o "salto de uma geração" que este laser de raios-X representa explica-se por ser "uma fonte de luz perfeita, muito intensa e com uma duração muito curta". Daí que possa ter aplicações diversas, tanto ao nível da biologia como da indústria dos componentes e estruturas dos computadores da próxima geração."O limite de resolução da informação gravada num chip é o comprimento da onda de luz", exemplificou, explicando que quanto mais pequeno for o comprimento da onda de luz emitido "maior é a resolução e menor é o chip".Ao nível da biologia, o novo laser de raios-X poderá permitir obter "imagens dinâmicas de células que estão a evoluir". Como a duração da fonte de luz é tão pequena, os investigadores poderão usar este laser para acompanhar o processo de evolução das células, "antes, durante e depois", tirando "holografias da sua superfície", continuou.Além destas aplicações, a nova fonte de radiação tem ainda as vantagens de ser compacta, "cabe em cima de uma mesa", e é "mais barata" quando comparada com lasers de raios-X que estão a ser construídos em Hamburgo e Stanford, disse.Dessa forma, poderá ser instalada na maior parte dos laboratórios do mundo, incluindo no Laboratório de Lasers Intensos do Centro de Física dos Plasmas do IST.O trabalho agora publicado na "Nature" resultou da colaboração entre o Laboratoire d'Optique Appliquée e o Laboratoire d'Utilisation des Lasers Intenses, da Ecole Polytechnique, o Centre d'Etudes Atomiques, a Universidade de Orsay em França e o Centro de Física dos Plasmas do IST.Marta Farjardo, 30 anos, licenciou-se em Engenharia Física no IST em 1997 e doutorou-se em Física em 2001, em co-tutela entre a Universidade Técnica de Lisboa e a Ecole Plytechnique, em França. Dois anos mais tarde passou a investigadora em pós-doutoramento do Centro de Física dos Plasmas do IST e professora do departamento de Física do IST da Universidade de Aveiro.
Uma investigadora portuguesa integrada numa equipa internacional conseguiu emitir pela primeira vez um laser de raios-X, uma tecnologia que poderá ser utilizada para obter imagens dinâmicas do processo de evolução das células. O trabalho de Marta Fajardo é descrito na edição de hoje da revista científica "Nature".A investigadora, do Instituto Superior Técnico (IST), disse que o "salto de uma geração" que este laser de raios-X representa explica-se por ser "uma fonte de luz perfeita, muito intensa e com uma duração muito curta". Daí que possa ter aplicações diversas, tanto ao nível da biologia como da indústria dos componentes e estruturas dos computadores da próxima geração."O limite de resolução da informação gravada num chip é o comprimento da onda de luz", exemplificou, explicando que quanto mais pequeno for o comprimento da onda de luz emitido "maior é a resolução e menor é o chip".Ao nível da biologia, o novo laser de raios-X poderá permitir obter "imagens dinâmicas de células que estão a evoluir". Como a duração da fonte de luz é tão pequena, os investigadores poderão usar este laser para acompanhar o processo de evolução das células, "antes, durante e depois", tirando "holografias da sua superfície", continuou.Além destas aplicações, a nova fonte de radiação tem ainda as vantagens de ser compacta, "cabe em cima de uma mesa", e é "mais barata" quando comparada com lasers de raios-X que estão a ser construídos em Hamburgo e Stanford, disse.Dessa forma, poderá ser instalada na maior parte dos laboratórios do mundo, incluindo no Laboratório de Lasers Intensos do Centro de Física dos Plasmas do IST.O trabalho agora publicado na "Nature" resultou da colaboração entre o Laboratoire d'Optique Appliquée e o Laboratoire d'Utilisation des Lasers Intenses, da Ecole Polytechnique, o Centre d'Etudes Atomiques, a Universidade de Orsay em França e o Centro de Física dos Plasmas do IST.Marta Farjardo, 30 anos, licenciou-se em Engenharia Física no IST em 1997 e doutorou-se em Física em 2001, em co-tutela entre a Universidade Técnica de Lisboa e a Ecole Plytechnique, em França. Dois anos mais tarde passou a investigadora em pós-doutoramento do Centro de Física dos Plasmas do IST e professora do departamento de Física do IST da Universidade de Aveiro.