sexta-feira, setembro 03, 2004

É IN SER-SE ANTI-BUSH.

Depois do ataque terrorista de 11 de Setembro o que teria acontecido se o presidente dos EUA apoiado pelos seus conselheiros decidisse não partir para a guerra?
Teríamos, muito provavelmente, Michael Moore a fazer documentários sobre a cobardia de Bush e a apatia da grande nação que são os EUA ( e então os americanos, como são), com entrevistas dramáticas a familiares das vítimas do atentado, dos bombeiros e polícias mortos, nesse mesmo atentado. Além de reacções histéricas de pessoas que clamavam por justiça.
Teríamos, provavelmente, um maior crescimento de um país que não teria que suportar os custos de uma guerra, e por arrasto do resto do mundo civilizado.
Meras suposições.
Quando cumpri o serviço militar disseram-me que, em relação a alguém que está numa posição de comando, mais vale tomar uma má decisão do que não tomar decisão nenhuma.
Bush decidiu.
Como em todas as guerras a questão económica paira como um nevoeiro, envolvendo tudo. A posterior invasão do Iraque confirma-o. A posição da França e da Alemanha também.
O petróleo prova-o.
O principal visado nesta guerra contra o terrorismo, Osama Bin Laden, passou para segundo plano. Saddam teve azar. Se não fosse o 11 de Setembro, provavelmente continuaria a governar despoticamente o Iraque sem que ninguém se preocupasse com as criancinhas que ele confinava à pobreza extrema e à fome. E já agora, ao gás e à fúria assassina dos seus filhos.
Bin Laden foi deixado de lado para outra ocasião, quem sabe se não será encontrado antes das eleições de novembro.
Cavaco Silva disse que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Que eu saiba, Bush nunca o disse, e pelos vistos engana-se muito, e sabe conviver com isso, porque errar é humano, quer se queira quer não.
Não tenho uma procuração para defender o homem, mas todas estas reacções histéricas espantam-me. Especialmente em Portugal, onde um 1º Ministro nos abandona, deixando no seu lugar um indivíduo chamado Santana Lopes, e onde estamos todos mais preocupados com o facto do Figo ter deixado a selecção só por um bocadinho. Andamos todos alegres e contentes.
O que acontecerá se Kerry for eleito e não retirar imediatamente os soldados dos cenários de guerra, como de certeza que não irá fazer? Kerry, que baseou a sua campanha nos seus feitos e nas suas medalhas ganhas na guerra do Vietnam.
Estes americanos são doidos, e o resto do mundo não está melhor.
Ainda não ouvi ninguém manifestar-se contra Putin, que mantém uma guerra fratricida e assassina, numa região miserável cuja única coisa que quer é a possibilidade de ser livre, mas que tem um pequeno problema chamado petróleo.
Não dá primeiras páginas de jornais. Não é in ser-se anti-Putin, é in ser-se anti-Bush.

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