sábado, outubro 02, 2004

Plantas tradicionais usadas para combater cancro e diabetes são eficazes

Várias plantas medicinais tradicionais utilizadas na Ásia e em África para combater o cancro, diabetes ou ajudar à cicatrização de feridas são cientificamente eficazes, concluiu um estudo hoje publicado no Reino Unido.

No âmbito do Congresso de Farmácia britânico, investigadores do King's College de Londres publicaram um artigo que indica que alguns tratamentos usados na China e na Tailândia contra o cancro, na Índia contra a diabetes e no Gana para cicatrizar feridas têm "efeitos benéficos reais".

"Ao nível das plantas utilizadas na Tailândia, os melhores resultados foram obtidos com a 'ammannia baccifera', uma planta aquática, estando a decorrer investigações para isolar e purificar os seus agentes activos", indica o estudo do King's College.

Segundo os investigadores, os extractos de folhas de caril (murraya koenigii), utilizados na Índia, provaram por seu lado a capacidade de bloquear o funcionamento da alfa-amilase, uma enzima envolvida no funcionamento do pâncreas durante a digestão e que transforma o amido em glucose.

"Os doentes com diabetes não produzem insulina suficiente para lutar contra o aumento rápido da sua taxa de glucose, pelo que, atrasar a transformação do amido em glucose bloqueando estas enzimas, poderá ser útil", aponta o trabalho.

Os investigadores trabalharam também com uma universidade do Gana para apurar as propriedades de certas plantas utilizadas pela etnia Ashanti, uma das mais importantes no país.

Segundo Peter Houghton, chefe da equipa de investigação britânica, a "commelina diffusa", uma planta conhecida na região, tem, por sua vez, "propriedades anti-bacterianas e anti-fúngicas", o que poderão ser úties na cicatrização de feridas.

O Congresso de Farmácia está a decorrer desde segunda-feira em Manchester.



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