segunda-feira, agosto 23, 2004

A ILHA DO TESOURO 2 ...

Jardim defende movimentos regionalistas distritais contra centralismo de Lisboa

O presidente do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, defendeu a formação de movimentos regionalistas contra o centralismo de Lisboa.O líder dos sociais-democratas madeirenses fez este apelo na festa-comício do Chão da Lagoa, onde deveria comparecer o actual primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Santana Lopes, que, no entanto, acabou por não se deslocar à Madeira, por motivos de agenda.
Alberto João Jardim apelou às elites do país para que, independentemente dos partidos, formem movimentos que defendam as suas localidades contra a classe política de Lisboa. "Eu faço um apelo para que, em cada distrito, nasçam movimentos regionalistas, dispostos a defender o seu povo, dispostos a defender, como aqui na Madeira, o povo das localidades, e todos juntos fazermos o cerco à classe política de Lisboa, porque a classe política de Lisboa é toca o disco e é sempre a mesma música", acusou.
Invocando a memória de Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD, Jardim afirmou que, em 30 anos de existência, o partido já deu um presidente da Comissão Europeia — de quem espera que, um dia, volte ao Chão da Lagoa, para dizer que "a Madeira é um exemplo na Europa" e que defenda as regiões ultraperiféricas nas instituições comunitárias. "E que alegria não terá Francisco Sá Carneiro neste momento ao ver um dos homens que lhe estava próximo ser, hoje, primeiro-ministro de Portugal - Pedro Santana Lopes, um sá-carneirista como são os sociais-democratas da Madeira e de quem a Madeira espera que, com a nossa solidariedade, mude o sistema político português".Nesse sentido, Jardim pediu a Santana Lopes para que deixe de estar "agachado em posições de terceiros e seja o verdadeiro Pedro Santana Lopes, porque o verdadeiro Pedro Santana Lopes não precisa de se mascarar de primeiro-ministro".O presidente do PSD-Madeira disse ainda que o actual sistema político em Portugal "é uma farsa", porque "os eleitos estão bloqueados e poucas decisões podem tomar", defendendo, por isso, que o PSD "tem que apresentar um candidato presidencial que diga ao povo que faz um referendo a uma nova Constituição se o povo lhe der o mandato republicano".
Jardim lançou ainda um aviso à classe política de Lisboa: "que fique claro de uma vez por todas que não reconhecemos a ninguém em Lisboa a autoridade para nos impingir e dizer que tipo de sistema nós temos que ter. Nós somos portugueses em plano de igualdade, não somos portugueses em termos de sujeição a uma classe política de Lisboa pela qual não temos qualquer consideração".
Jaime Ramos lembrou que "Alberto João Jardim está com saúde e com força para continuar a defender os madeirenses e porto-santenses" e pediu ao actual presidente do PSD nacional que olhe para os pobres e mais desfavorecidos. Jaime Filipe Ramos, por seu lado, criticou o líder do CDS-PP, que "ora se transforma em lobo, ora em cordeiro", e aconselhou Pedro Santana Lopes a "ter cuidado com aqueles que o acompanham".

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